domingo, 3 de maio de 2009

Um dos próximos maiores exportadores de petróleo rejeita adesão na OPEP


"O mercado futuro decide mais do que a OPEP". A afirmação é do presidente brasileiro, Lula da Silva, durante a cerimónia de início de produção do primeiro petróleo em Tupi.

O chefe de Estado deixou ainda outro aviso: o Brasil deve estabelecer com urgência um novo marco regulatório para a indústria do petróleo que permita ao Estado tirar mais proveito de sua riqueza, reafirmando que os direitos dos actuais concessionários não serão afectados.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP, regulador) calcula que as reservas em áreas do pré-sal, cuja exploração já foi concedida, podem alcançar os 80 mil milhões de barris de petróleo, quase seis vezes mais do que as actuais reservas comprovadas do Brasil (de 14 mil milhões de barris).

Segundo o responsável da Petrobras, a petrolífera estatal brasileira, Sérgio Gabrielli, Tupi é a maior reserva de petróleo descoberta no mundo nos últimos 30 anos e sua produção começou muito bem, "com um petróleo cru de grande qualidade (28 graus na escala API), fluindo como era esperado".

O presidente Lula da Silva realçou que o Brasil deu início hoje a uma "nova era" no sector petrolífero ao extrair os primeiros barris de petróleo do campo de Tupi, na bacia de Santos.

Trata-se da maior jazida marinha de petróleo descoberta no país, com reservas calculadas entre 5 mil milhões e 8 mil milhões de barris.

A "nova era" permitirá ao Brasil tornar-se um dos maiores produtores mundiais de petróleo e, inclusive, exportador, afirmou Sérgio
Gabrielli.

Tupi, em águas muito profundas do oceano Atlântico, na Bacia de Santos, a cerca de 290 quilómetros do litoral, é a primeira jazida que o Brasil começa a explorar no chamado pré-sal, um novo horizonte de prospecção situado a 7 mil metros de profundidade e abaixo de uma camada de sal de aproximadamente 2 mil metros.

O pré-sal, com cerca de 8 mil quilómetros quadrados de extensão e de frente para os litorais de quatro estados -Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo -, pode transformar o Brasil em um dos dez maiores produtores mundiais de petróleo, segundo cálculos da Petrobras.

Fonte: Diário Económico Online

Artigos relacionados:

- Portugal estreita relações com Jordânia

- 60% de vento

Sem comentários: